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Rádio Funchal FM
Nossa Inspiração: O Funchal é uma cidade portuguesa na ilha da Madeira, capital da Região Autónoma da Madeira e a mais populosa fora do território continental português. A cidade coincide com o seu concelho, e tem 76,15 km² de área, subdividindo-se em 10 freguesias. A área metropolitana do Funchal, que inclui os concelhos de Câmara de Lobos, Ribeira Brava, Santa Cruz e Machico, tem uma população superior a 225 mil habitantes.
O município é limitado a norte pelo município de Santana, a nordeste por Machico, a leste por Santa Cruz e a oeste por Câmara de Lobos, sendo banhado pelo oceano Atlântico a sul. Foi a João Gonçalves Zarco que coube a capitania da cidade em 1424, ano em que se iniciou o povoamento. As ilhas Selvagens, 250 quilômetros a sul do Funchal, pertencem a este município, havendo desta forma descontinuidade territorial.
Segundo os antigos cronistas, a designação de Funchal deve-se aos primeiros povoadores que, ao desembarcar neste lugar, depararam com a grande abundância de funcho, uma erva bravia com cheiro adocicado, que abundantemente vegetava no vale, na área do primitivo burgo.
O povoamento iniciou-se em 1424, quando a ilha da Madeira foi dividida em duas capitanias. A capitania do Funchal coube a João Gonçalves Zarco que aqui se fixou com os seus familiares. Devido à sua posição geográfica, à existência de um bom porto marítimo e à produtividade dos seus solos, desde cedo constituiu-se num importante núcleo de desenvolvimento da ilha.
A povoação recebeu o primeiro foral entre 1452 e 1454, sendo elevada a vila e a sede de concelho. Pouco depois, em 1508 foi elevada a cidade.
Entre os acontecimentos marcantes no concelho podem-se mencionar o ataque de corsários franceses em 1566, sob o comando de Bertrand de Montluc, gentil-homem da corte de Carlos IX de França e filho segundo do marechal Blaise de Montluc. No mês de setembro, embarcou em Bordéus uma força de cerca de mil e duzentos homens, em três navios de alto-bordo e oito embarcações menores. Esta armada saqueou o Porto Santo, notícia que logo passou à Madeira, levando as vilas de Machico e de Santa Cruz a armarem-se para a eventualidade. No Funchal, por determinação do então governador, Francisco Gonçalves da Câmara, não se tomou qualquer tentativa que fosse considerada como hostil.
A armada, entretanto, ancorou na praia Formosa, desembarcando uma força de cerca de 800 homens, que marchou sobre a cidade em três colunas, sem encontrar resistência até à ponte de São Paulo. Na altura da ponte foram confrontados por uma pequena força da fortaleza, com algumas peças de artilharia de pequeno calibre, que em pouco tempo debandaram. Na altura da rua da Carreira, foram combatidos por um pequeno grupo de franciscanos, que foi rapidamente abatido. A fortificação do Funchal foi então assaltada pelo lado de terra, onde a condição de defesa era precária e, sem que se conseguissem reposicionar as pesadas peças apontadas para o mar, sucumbiu. A cidade sofreu então um violento saque de quinze dias, a que quase nada escapou.
Após esse episódio, no ano seguinte era remetido para o Funchal o arquiteto militar Mateus Fernandes (III), tendo se procedido a partir de então a uma profunda modificação do sistema defensivo da cidade. A visão desse profissional encontra-se registada no chamado “Mapa de Mateus Fernandes” (1573), considerado a mais antiga planta conhecida do Funchal.[3] De cariz militar, esse documento enfatiza as defesas da cidade, com vistas ao planeamento de uma vasta fortificação para o morro da Pena.
No século século XVII assinala-se a instalação de comerciantes vinícolas britânicos que modificaram os modos de vida, a morfologia arquitetônica e o desenvolvimento económico da cidade. Algumas personalidades marcantes que passaram pelo Funchal foram: Isabel de Wittelsbach, imperatriz da Áustria e rainha da Hungria, mais conhecida como Sissi, a imperatriz da Áustria (1837 – 1898) que procurou esta cidade por motivos de lazer e de saúde, Carlos I, imperador da Áustria e rei da Hungria, marechal polaco Józef Piłsudski para recuperar a sua saúde, Winston Churchill que passou pelo Funchal de férias onde pintou alguns quadros, Fulgêncio Batista que fez uma escala no Funchal para o exílio em Espanha. Por causa de sua posição estratégica, o porto e a cidade do Funchal foram atacados durante a Primeira Guerra Mundial.
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